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Deficiência Auditiva

O que é ?
A deficiência auditiva consiste na perda total ou parcial da audição, isto é, a redução ou ausência da capacidade para ouvir determinados sons em diferentes graus de intensidade. Pode ser hereditária, congénita ou adquirida
As categorias mais comuns da classificação de deficiência auditiva são: leve, moderada, severa ou perda auditiva profunda.
Dependendo do grau de perda, a pessoa com deficiência comunica oralmente, pode fazer leitura labial e/ou utilizar aparelho auditivo. Pode também utilizar implantes.
A pessoa surda, para além da perda auditiva, pode possuir uma cultura, uma identidade e uma língua própria, a Língua Gestual Portuguesa.
Dicas para uma comunicação eficaz



- NO DIA A DIA
- NA SALA DE AULA
- NAS AVALIAÇÕES
- Ao dirigir-se à pessoa com deficiência auditiva, posicione-se perto da pessoa, no seu campo de visão e de frente para ela.
- Quando comunicar com a pessoa com deficiência auditiva coloque-se num local e em posição de modo que o seu rosto esteja à vista e devidamente iluminado, evitando os focos de luz que possam distorcer detalhes do rosto ou dos lábios.
- Para iniciar uma conversa com uma pessoa com deficiência auditiva, acene ou toque levemente no seu ombro ou braço ou chame a pessoa pelo nome.
- Fale de forma clara, pausada, mas natural, sem gritar nem fazer movimentos exagerados com a boca para não distorcer o som, nem alterar a configuração labial e, assim, dificultar a compreensão.
- Utilize as mãos e o corpo para comunicar. Os gestos são elementos fulcrais da comunicação.
- Para criar condições de acessibilidade, a comunicação deverá ser visual, realizada atrás de sinalização luminosa, telefone e relógio com sistema vibratório, programas de TV com legendas e/ou janela com intérprete, entre outros.
- Comunique claramente o tema principal da conversa e evite mudanças abruptas de assunto.
- Pessoas surdas comunicam de uma forma, essencialmente, visual e através da Língua Gestual Portuguesa (LGP).
- Se sentir que a comunicação não flui, utilize a escrita.
- Faculte antecipadamente o material que vai ser lecionado nas aulas, o que permitirá ao/à estudante familiarizar-se com a estrutura, matéria e vocabulário da sessão.
- No início da aula apresente a estrutura da matéria a ser dada (ex. tópicos no quadro ou PowerPoint) e durante a aula vá apontando para o quadro para ajudar o/a estudante a seguir os conteúdos de forma lógica.
- Evite andar na sala enquanto fala. O/A estudante pode necessitar de ler os lábios, tarefa impossível se não puder ver a cara do/a docente de frente.
- Invista na memória visual da pessoa com deficiência auditiva, utilizando imagens, gráficos, esquemas, de forma a complementar a exposição oral.
- Utilize pistas visuais na partilha de informação escrita (negrito; itálico; cores diferentes, letras maiúsculas, entre outras).
- Registe todas as informações importantes no quadro, nomeadamente qualquer aviso que queira dar (ex. horários de atendimento, data de testes, alterações de horários/salas).
- Escreva notas e forneça instruções escritas.
- Estudantes com deficiência auditiva não conseguem acompanhar uma exposição oral e tirar notas simultaneamente. É importante facilitar-lhes o acesso a notas/apontamentos de colegas, por exemplo.
- Forneça um glossário do vocabulário específico/técnico novo e escreva os termos novos no quadro. Torna-se extremamente difícil fazer a leitura labial de palavras desconhecidas.
- Estudantes com deficiência auditiva não conseguem ler e ouvir em simultâneo. Se necessitarem de se concentrar em materiais escritos ou em processos mecânicos, dê-lhes tempo para esse efeito e só volte a falar quando estiverem a olhar para si.
- Sempre que apresentar material audiovisual, faça-o preferencialmente com legendas. Se tal não for possível forneça um resumo escrito da apresentação.
- Permita a utilização de tecnologias de apoio, como os amplificadores pessoais ou outros que melhorem as experiências auditivas, especialmente em ambientes ruidosos (podem ser usados em conjunto com aparelhos auditivos ou implantes cocleares, para melhorar a receção do som).
- Peça a todos/as os/as estudantes que indiquem (ex. levantando a mão) quando quiserem participar na conversa de maneira a que o/a estudante com deficiência auditiva possa saber antecipadamente quem vai falar.
- Devem ser evitadas salas perto de zonas interiores/exteriores ruidosas (ex. campo de jogos, refeitório, entradas e saídas).
- Recorra a tutorias interpares, sempre que possível e se evidencie como vantajoso.
- Sugira ao/à estudante que se posicione junto a colegas que tenham uma voz clara e que possam servir de intérprete, na realização de atividades de grupo.
- Proporcione momentos de ensino individualizado, para superação de algumas dificuldades de compreensão das temáticas.
- Adeque o ritmo de transmissão dos conteúdos consoante a necessidade do/a estudante.
- Verifique se o/a estudante com deficiência auditiva está a acompanhar e a compreender os conteúdos, verificando, de vez em quando, através de perguntas diretas sobre o assunto em causa.
Se o/a estudante não o entender:
- Repita o que disse, usando outras palavras.
- Dê pistas sobre o contexto dos conteúdos que está a abordar.
- Se sentir que a comunicação oral não flui, recorra à escrita.
Caso o/a estudante tenha presente um/a Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, lembre-se que:
- Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP) “traduzem” da língua oral portuguesa para a LGP e vice-versa. A LGP é uma língua com gramática e estrutura próprias.
- O seu papel é apenas de facilitar a comunicação, não é de participar.
- Quando a pessoa com deficiência auditiva estiver acompanhada por um/a intérprete, fale diretamente com a pessoa surda e não com o/a intérprete. Evite dirigir-se ao/à intérprete dizendo “diga-lhe” “pergunte-lhe” ou “peça-lhe”.
- Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa precisam de se preparar e, por isso, deverá ter acesso antecipado a textos de apoio, glossários, apontamentos, apresentações ou outros materiais considerados relevantes.
- A interpretação gestual é muito exigente para o/a Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, daí ser importante assegurar pausas nas sessões mais longas.
- Dê mais tempo nas discussões para que a pessoa, que depende de intérprete, possa participar nas discussões e responder a questões em aula. Recorde que a informação mediada por intérprete chega sempre mais tarde ao/à estudante, comparativamente aos/às demais estudantes.
- Ajude o/a intérprete a encontrar o melhor local na sala de aula para que possa trabalhar de forma eficaz. É importante que o/a estudante, que depende do trabalho do/a intérprete, consiga ver simultaneamente o/a docente e o/a intérprete.
- Caso utilize suportes visuais durante a aula, assegure-se de dar tempo suficiente para que a pessoa surda com deficiência auditiva possa acompanhar a apresentação e acompanhar a tradução feita pelo/a intérprete das explicações e exemplos transmitidos em simultâneo.
- Se utilizar slides ou filmes, garanta que a iluminação é adequada para que o/a estudante consiga continuar a ver o/a intérprete claramente.
- Privilegie as questões curtas, claras e diretas, sem informação periférica (evite utilizar frases longas e complexas, e juntar questões múltiplas numa mesma pergunta).
- Sempre que possível, enumere as diferentes questões a serem abordadas.
- Destaque os aspetos mais pertinentes.
- Estimule a criação/utilização de esquemas para organizar as respostas de desenvolvimento.
- Indique de forma clara a extensão da resposta que pretende.
- Estudantes com limitações auditivas, devem poder usufruir de tempo complementar para realização das avaliações.

- NO DIA A DIA
- Ao dirigir-se à pessoa com deficiência auditiva, posicione-se perto da pessoa, no seu campo de visão e de frente para ela.
- Quando comunicar com a pessoa com deficiência auditiva coloque-se num local e em posição de modo que o seu rosto esteja à vista e devidamente iluminado, evitando os focos de luz que possam distorcer detalhes do rosto ou dos lábios.
- Para iniciar uma conversa com uma pessoa com deficiência auditiva, acene ou toque levemente no seu ombro ou braço ou chame a pessoa pelo nome.
- Fale de forma clara, pausada, mas natural, sem gritar nem fazer movimentos exagerados com a boca para não distorcer o som, nem alterar a configuração labial e, assim, dificultar a compreensão.
- Utilize as mãos e o corpo para comunicar. Os gestos são elementos fulcrais da comunicação.
- Para criar condições de acessibilidade, a comunicação deverá ser visual, realizada atrás de sinalização luminosa, telefone e relógio com sistema vibratório, programas de TV com legendas e/ou janela com intérprete, entre outros.
- Comunique claramente o tema principal da conversa e evite mudanças abruptas de assunto.
- Pessoas surdas comunicam de uma forma, essencialmente, visual e através da Língua Gestual Portuguesa (LGP).
- Se sentir que a comunicação não flui, utilize a escrita.

- NA SALA DE AULA
- Faculte antecipadamente o material que vai ser lecionado nas aulas, o que permitirá ao/à estudante familiarizar-se com a estrutura, matéria e vocabulário da sessão.
- No início da aula apresente a estrutura da matéria a ser dada (ex. tópicos no quadro ou PowerPoint) e durante a aula vá apontando para o quadro para ajudar o/a estudante a seguir os conteúdos de forma lógica.
- Evite andar na sala enquanto fala. O/A estudante pode necessitar de ler os lábios, tarefa impossível se não puder ver a cara do/a docente de frente.
- Invista na memória visual da pessoa com deficiência auditiva, utilizando imagens, gráficos, esquemas, de forma a complementar a exposição oral.
- Utilize pistas visuais na partilha de informação escrita (negrito; itálico; cores diferentes, letras maiúsculas, entre outras).
- Registe todas as informações importantes no quadro, nomeadamente qualquer aviso que queira dar (ex. horários de atendimento, data de testes, alterações de horários/salas).
- Escreva notas e forneça instruções escritas.
- Estudantes com deficiência auditiva não conseguem acompanhar uma exposição oral e tirar notas simultaneamente. É importante facilitar-lhes o acesso a notas/apontamentos de colegas, por exemplo.
- Forneça um glossário do vocabulário específico/técnico novo e escreva os termos novos no quadro. Torna-se extremamente difícil fazer a leitura labial de palavras desconhecidas.
- Estudantes com deficiência auditiva não conseguem ler e ouvir em simultâneo. Se necessitarem de se concentrar em materiais escritos ou em processos mecânicos, dê-lhes tempo para esse efeito e só volte a falar quando estiverem a olhar para si.
- Sempre que apresentar material audiovisual, faça-o preferencialmente com legendas. Se tal não for possível forneça um resumo escrito da apresentação.
- Permita a utilização de tecnologias de apoio, como os amplificadores pessoais ou outros que melhorem as experiências auditivas, especialmente em ambientes ruidosos (podem ser usados em conjunto com aparelhos auditivos ou implantes cocleares, para melhorar a receção do som).
- Peça a todos/as os/as estudantes que indiquem (ex. levantando a mão) quando quiserem participar na conversa de maneira a que o/a estudante com deficiência auditiva possa saber antecipadamente quem vai falar.
- Devem ser evitadas salas perto de zonas interiores/exteriores ruidosas (ex. campo de jogos, refeitório, entradas e saídas).
- Recorra a tutorias interpares, sempre que possível e se evidencie como vantajoso.
- Sugira ao/à estudante que se posicione junto a colegas que tenham uma voz clara e que possam servir de intérprete, na realização de atividades de grupo.
- Proporcione momentos de ensino individualizado, para superação de algumas dificuldades de compreensão das temáticas.
- Adeque o ritmo de transmissão dos conteúdos consoante a necessidade do/a estudante.
- Verifique se o/a estudante com deficiência auditiva está a acompanhar e a compreender os conteúdos, verificando, de vez em quando, através de perguntas diretas sobre o assunto em causa.
Se o/a estudante não o entender:
- Repita o que disse, usando outras palavras.
- Dê pistas sobre o contexto dos conteúdos que está a abordar.
- Se sentir que a comunicação oral não flui, recorra à escrita.
Caso o/a estudante tenha presente um/a Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, lembre-se que:
- Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP) “traduzem” da língua oral portuguesa para a LGP e vice-versa. A LGP é uma língua com gramática e estrutura próprias.
- O seu papel é apenas de facilitar a comunicação, não é de participar.
- Quando a pessoa com deficiência auditiva estiver acompanhada por um/a intérprete, fale diretamente com a pessoa surda e não com o/a intérprete. Evite dirigir-se ao/à intérprete dizendo “diga-lhe” “pergunte-lhe” ou “peça-lhe”.
- Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa precisam de se preparar e, por isso, deverá ter acesso antecipado a textos de apoio, glossários, apontamentos, apresentações ou outros materiais considerados relevantes.
- A interpretação gestual é muito exigente para o/a Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, daí ser importante assegurar pausas nas sessões mais longas.
- Dê mais tempo nas discussões para que a pessoa, que depende de intérprete, possa participar nas discussões e responder a questões em aula. Recorde que a informação mediada por intérprete chega sempre mais tarde ao/à estudante, comparativamente aos/às demais estudantes.
- Ajude o/a intérprete a encontrar o melhor local na sala de aula para que possa trabalhar de forma eficaz. É importante que o/a estudante, que depende do trabalho do/a intérprete, consiga ver simultaneamente o/a docente e o/a intérprete.
- Caso utilize suportes visuais durante a aula, assegure-se de dar tempo suficiente para que a pessoa surda com deficiência auditiva possa acompanhar a apresentação e acompanhar a tradução feita pelo/a intérprete das explicações e exemplos transmitidos em simultâneo.
- Se utilizar slides ou filmes, garanta que a iluminação é adequada para que o/a estudante consiga continuar a ver o/a intérprete claramente.

- NAS AVALIAÇÕES
- Privilegie as questões curtas, claras e diretas, sem informação periférica (evite utilizar frases longas e complexas, e juntar questões múltiplas numa mesma pergunta).
- Sempre que possível, enumere as diferentes questões a serem abordadas.
- Destaque os aspetos mais pertinentes.
- Estimule a criação/utilização de esquemas para organizar as respostas de desenvolvimento.
- Indique de forma clara a extensão da resposta que pretende.
- Estudantes com limitações auditivas, devem poder usufruir de tempo complementar para realização das avaliações.
REFERÊNCIAS
Surdos não são mudos!
Instituto Politécnico de Santarém é uma instituição de ensino superior politécnico público, ao serviço da sociedade, empenhada na qualificação de alto nível dos cidadãos, destinada à produção e difusão do conhecimento, criação, transmissão e difusão do saber de natureza profissional, da cultura, da ciência, da tecnologia, das artes, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental, relevando a centralidade no estudante e na comunidade envolvente, num quadro de referência internacional.